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sexta-feira, 6 de março de 2015

As cores de Deus

Põe-se o sol lá bem ao fundo
Num vermelho incandescente.
Reflectido nas águas espelhadas do mar,
Torna este verde intenso.
Tão intenso que nos impede de ver as suas profundezas,
Escondendo tesouros e mistérios.

A areia castanha brilha na praia
Sob os raios de sol,
Adquirindo a cor do ouro

O céu ainda mostra um pouco do seu azul celeste
Vai ficando escuro.
Não se vê mais o sol vermelho.
As águas ficam pretas
Como se escondessem os nossos medos e pesadelos.


Amanhã o sol nascerá novamente
E novamente o dia adquire as cores
Que se confundem com os cheiros,
Do mercado por onde passo.

Os verdes, vermelhos, amarelos,
Os brancos e castanhos misturam-se
nas bancas dos vendedores 
que trazem do campo a alegria e a vida que ai existe.
Vejo as gentes passando,
Em passo acelerado
Com os olhos postos no chão
Das ruas sujas da madrugada agitada.

E olho o mar.
Hoje, azul transparente.
Deixa ver os peixes cor da prata.

Pinga
Uma chuva pequenina.

Corro, recolho-me naquele canto.
E quando levanto os olhos para o céu,
Vejo o sol brilhar por entre as gotas da chuva.
Lá longe o Arco-Iris liga a terra ao céu.

Fico perdida.
Olho aquela paleta de cores
Que só Deus sabe fazer.
E ajoelho-me perante a imensidão
Da beleza que se estende na minha frente.

E agradeço as cores de Deus.

Celeste Santos Pinto

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