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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

MEDOS

Sobe a lua.
Desce o sol.
O calor abrasador sente-se na calçada.
Que se estende diante dos meus olhos.
Debaixo dos meus pés.
Que percorro cansada,
Com as forças consumidas pelo sol,
E do qual não consigo fugir.
Ele esconde-se, foge.
Tal como é:
Rei e Senhor do Universo
Aquele que tudo pode.
Vai invadir outras terras, outras forças
Mas eu…
Corro ao seu encontro.
Corro atrás do Rei.
Tal como uma escrava agrilhoada ao ferro,
Presa ao seu Senhor e Dono.
As forças fogem,
Mas a minha vontade de ficar
É fugindo.
Não existe vontade.
Quero sentir o sol inquietante,
Envés da tranquilidade da lua.
Quero a guerra, fujo da paz.
Porque o medo do fracasso
É maior do que o desconhecido.
Caminho em direcção ao Inferno.
Fujo daqui para ali.
E sinto que Morri…
Sem nunca ter vivido…

Celeste Santos Pinto

13 de Agosto de 2014

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